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Apresentação Web realizada para a disciplina de UFPEL
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O Fauvismo foi a primeira vanguarda artística do século XX, durando de 1904 a meados de 1908, com intenção de não ter vínculos com a tradição acadêmica francesa. Embora movimentos artísticos do final do século XIX já estivessem tentando se libertar desta tradição, foi o fauvismo que mais logrou êxito para sair da monotonia em que a arte francesa se encontrava em relação ao novo ambiente da modernidade, mesmo que seus membros não tivessem esta intenção, contribuindo muito para a representação do que se passava na época. Os fauves expuseram pela primeira vez no salão dos
Independentes de 1906. Dividiram-se em três subgrupos. o do atelier de
Gustave Moreau e da Academia Carrière (Marquet, Manguin,
Camoin), o de Chatou (Derain, Vlaminck)
e do Havre (Friesz, Dufy, Braque).
Kees Van Dongen, que aderiu ao Fauvismo, manteve-se independente. Louis Vauxcelles, o crítico que os maldisse em
público, foi quem denominou o movimento de Fauvismo, segundo o qual
uma estátua neoclássica rodeadas de telas de cores violentas dos
pintores dessa tendência parecia "Donatelo entre as feras" (
em francês fauves).
Matisse era o porta voz do grupo. Junto com Derain e Vlaminck, começaram
uma coleção de mascaras africanas, o que acabou influenciando na
criação das obras. Segundo Henry Matisse, em "Notes d'un Peintre",
pretendia-se com o fauvismo "uma arte do equilíbrio, da pureza
e da serenidade, destituída de temas perturbadores ou deprimentes". Podemos destacar no estilo, pinceladas diretas e fortes, figuras planas, lineares e fechadas, desaparece a representação da luz.
A solução proposta pelos artistas era de que o homem voltasse ao seu
estado natural de coletividade, através do exemplo da sociedade
tribal e primitiva. A arte primitiva pouco tinha a ver com “beleza”,
pois era “uma arma da coletividade humana em sua luta pela
sobrevivência” (FISCHER 1987, p. 45).
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